Enquanto Antonio não vem #4 O drama do guarda-roupa!!!

Paula Laffront

Antonio

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Definitivamente para mim a pior parte da gravidez é o guarda-roupa. Não somente porque você deixa de caber nas roupas e tem que comprar um monte de coisa nova. Mas principalmente por perder sua identidade visual.

Como estilista e consultora de imagem, eu deveria tirar isto de letra, não? Mas a prática não é assim tão fácil quanto a teoria. Na verdade, o que mais me incomoda é esta mudança de estilo forçada.

Eu sempre digo, enquanto profissional da área,  que a moda é como você se mostra ao mundo, é a forma mais natural de comunicação que existe. E nesse caso vale a máxima “Uma imagem vale mais do que mil palavras”. A forma como você se veste é também o modo como você quer ser “entendida” pelos outros, é a comunicação que você passa a primeira vista.

Se você usa decotes ou não, se é perua ou não, se você se liga para marcas ou não, não importa, cada escolha na hora de se vestir, é uma forma de se comunicar, mesmo que muitas vezes de forma completamente inconsciente.

Um exemplo básico: Para sair para um encontro com um gatinho, logo naquela fase de paquera, você pensa mil vezes no que vestir, certo? E claro, a idéia é ficar sensual. Para algumas, isto significa colocar um “decotão”, para outras significa exatamente o posto, mas cada mulher tem a sua forma de dizer “Oi, estou aqui aberta para me relacionar com você e quero que me ache linda”.

Para algumas mulheres o decote é algo vulgar, para outras é a melhor forma de se sentir poderosa, gostosa, atraente. E a gente passa a vida toda montando estes padrões. Para trabalhar a gente usa um tipo de roupa, para o final de semana entre amigos a sua forma de se vestir é outra e para um jantar romântico já vem uma série de referencias. Mas resumindo, são todas estas referencias, gostos pessoais e etc. que fazem o seu estilo. Seja ele qual for ele está lá, refletido no seu armário.

Pelo armário de uma pessoa eu consigo dizer muita coisa sobre ela. E pessoalmente o meu armário é reflexo do que sou , ainda mais porque tudo isso para mim não é algo inconsciente.  Minha roupa de ir na padaria totalmente de mau humor, é diferente por exemplo de minha roupa de ir no parque de final de semana, apesar de serem dois “compromissos” totalmente casuais e relaxados.

Eis que chega a gravidez, seus seios ficam gigantes logo de cara e metade das suas camisas não te servem mais (ou pior, servem, mas você fica “gostosérrima” nelas, coisa que sempre evitei, rs). Aí as semanas vão passando e cada dia mais é uma roupa que você ama que não lhe cabe mais. Cada roupa que eu tiro da gaveta, provo e não entra, não fecha ou simplesmente não fica bem, é uma parte de mim, da minha personalidade que está perdendo espaço para  “Paula gestante”, e como odeio isso.

Acho que o começo desta relação é a pior parte. É nele onde moram as maiores perdas e onde você se encontra num terreno desconhecido. Mas um dia você tem a brilhante ideia de visitar uma loja de gestante para tentar achar algo que lhe sirva, e… se depara com a pior crueldade que uma grávida fashionista pode encontrar: lojas de gestante são um terror!!! Definitivamente não são estilistas que fazem as roupas, são sádicos.

Depois disso minha mãe começou a me “ajudar” mostrando um monte de coisas de “não-grávidas” que poderiam me servir. Ela chegou com vestidos longos, saias hippies e leggings! Se você gosta disto antes da gravidez, maravilha, ta feita, mas eu sempre abominei o conjunto legging, tênis e camiseta, ou legging com qualquer coisa, a não ser que seja uma bela legging de couro, rs. E eu não me sinto bem em vestidos longos, apesar de achar lindo nos outros. Afinal, sou uma tampinha com pernas bonitas, então sempre alonguei minha silhueta usando roupas curtas com cinturas mais altas. Agora vai achar uma mini-saia ou um shorts para gestante, vai! Porque raios não se fazem shorts decentes para as grávidas? Parece que gestantes só podem usar shorts sem momentos informais. Eu só consigo encontrar nas lojas um ou outro modelo caretésimo e totalmente informal, ou alguma bermuda “deprê” com aquele elástico (medonho) para acomodar o barrigão.

Enfim, se vestir grávida é mesmo muito complicado. É preciso achar nas poucas opções que lhes dão algo que se adeque ao seu estilo e não te faça parecer outra pessoa. E isso leva tempo. Eu estou agora com 20 semanas e somente agora posso dizer que me acalmei um pouco e já comprei roupas quase que suficientes para eu chegar ao final da gestação. Mas o o motivo desse post é para ajudar e não assustar (Mesmo parecendo o contrário até aqui, rs!). Então tenho algumas dicas para contar para vocês, daquelas que salvaram a vida sabe! Então Voilá:

Encare a realidade

Você vai ter que gastar dinheiro com isso. Por mais doido que seja, você praticamente vai ter que ter um guarda-roupa totalmente novo para enfrentar pelo menos uns 6 meses de gravidez. E, dependendo de como é o seu trabalho e o seu código de vestimenta para trabalhar, este investimento será maior ou menor, afinal tem trabalhos mais flexíveis que a roupa de lazer e de trabalho muitas vezes se encontram, porém para situações mais formais, ou se você é visto publicamente várias vezes, o investimento deve ser maior. Então, na hora de se planejar para ter um filho, lembre-se que terá que gastar com isso sim, em maior ou menor proporção.

Mantenha suas marcas preferidas

Tente ao máximo comprar roupas nas lojas que você já costuma comprar, para não mudar tanto assim seu estilo. A roupa precisa caber em você agora e ter espaço para os próximos meses. Então você consegue achar roupas que lhe cabem em lojas normais, principalmente vestidos e partes de cima.

Não desencane do visual

Nada de encarar a gravidez como uma desculpa para ser relaxada ou usar a desculpa “estou grávida, eu posso”. Se você não pode usar determinada roupa numa certa ocasião ou para trabalhar quando não está grávida, você não pode se permitir usá-la grávida. Eu, por exemplo, trabalho com atendimento ao público e tenho que estar minimamente bem vestida e nada informal demais sem estar grávida certo? Logo, eu não posso ir trabalhar com uma legging e tênis, só porque estou grávida, é mais confortável assim e é o que me veste ou é o que tenho pra hoje. Não dá!!!

Roupas de grávida somente para a reta final

Tente reservar comprar nas lojas de gestante apenas as roupas mais para o final da gravidez e as partes de baixo. Agora com 20 semanas, comprei minhas primeiras partes de cima específicas para gestantes. Até então estava me virando lindamente com o que tinha ou com o que eu achava nas lojas “normais’. Já as partes de baixo são mais complicadas, afinal a barriga impede que suas calças fechem. Com 8 semanas já não fechava mais nada em mim por 3 grandes motivos: uso cintura alta, na segunda gestação a barriga aparece antes e minha barriga está super baixa nesta gravidez.

Mantenha seu estilo

Tente usar coisas que você realmente gosta e não aceite as saias hippies se elas não tem nada a ver com você. Lembre-se, é preciso se reconhecer e gostar do que vê no espelho. Não vá comprar nada só porque serve.

Tire as peças do seu guarda-roupas

A medida que as roupas param de caber, tirea-as da frente. Coloque em outro guarda-roupa e deixe à mão apenas o que lhe cabe. Assim você evita frustrações e também consegue visualizar melhor o que tem disponível. Fazer esta limpeza é importantíssimo já que não adianta deixar à vista o que não vai te caber. Isso esconde o que te cabe e te deixa deprimida ao olhar para aquele vestido preferido e que não entra mais. Limpei todo o meu guarda roupa, tirei tudo da frente e a maioria das minhas roupas pré-gravidez está lá junto com meus casacos e roupas de inverno que não consigo usar nunca aqui em Miami. À mão tenho apenas as roupas novas que comprei ou as roupas antigas que ainda me cabem.

Dá-lhe vestido

Acredite nesta máxima: “O vestido é o melhor amigo da grávida”. Então ao comprar peças novas, invista em vestidos. A maioria deles vai ser possível usar depois da gravidez (se ainda conseguir olhar para ele sem estar enjoada). Ele são fáceis, práticos, femininos e confortáveis. E o mais importantes, mais flexíveis com a sua barriga, afinal eles crescem com o seu bebê, rs.

Versatilidade é tudo

Na hora de investir em peças como camisas, blusas, ou calças e shorts, procure peças versáteis. Apesar de vestido ser o melhor amigo da grávida, o look não varia com ele, né? Mas looks de duas peças sim. Então aposte em coringas que permitem várias combinações para variar bastante. Isso significa seguir uma certa cartela de cor e comprar coisas que combinem entre si. Por exemplo, na hora de comprar uma camisa, relembre mentalmente todas as partes de baixo que já tem. Se ela combinar com varias coisas, maravilha, temos uma campeã. Mas se ela for uma pecinha chata que requer um sutiã x ou só combina com duas coisas, esquece! Hoje mesmo estou usando uma camisa linda que praticamente combina com todas as partes de baixo que tenho.

Invista mais em partes de cima

Para se montar um guarda roupa “não-grávida”, o ideal é que ter o dobro de partes de cima para suas partes de baixo. Para minimizar os gastos e maximizar as combinações durante a gravidez, acho essa regra pode pular para 3 pra um, ou seja, para cada 3 partes de cima, você pode ter apenas uma parte de baixo. Parte de baixo essa que vá lhe caber até o final da gestação. Eu particularmente comprei 3 calças de gestantes (uma marinho, uma vinho e uma branca), 4 shorts de elásticos (dois estampados e dois lisos) e uma saia (curtaaaaa, rs). Nenhum deles é da mesma cor, assim tenho uma boa base para combinações. Todas as minhas blusas são lisas (ou quase) e tem uma cartela de cor especifica que combina com todas as minhas partes de baixo. Investi em mesclas, marinho e branco praticamente, estas blusas são bem versáteis e a maioria pode ser usada para trabalhar e para situações mais casuais. E como amo camisas, comprei duas camisas bem coringas. Uma jeans e uma branca  com degradê azul. Ainda tenho algumas coisinhas que me cabem, mas pouca coisa agora. E claro, comprei alguns vestidos. Não sei quantos exatamente, acho que uns 6 ou 7. Mas todos eles de não gravida que poderei usar depois também.

Muitos acessórios

Para dar graça nisso tudo e aumentar as combinações o grande truque é investir em acessórios. Ou seja, bolsas, colares, sapatos, jaquetas (não aqui no calor de Miami, mas…), lenços e etc. Acessórios ou você já tem ou pode comprar sem dó porque vai usar tranquilamente depois.

Alongue a silhueta

Procure tentar verticalizar o look, afinal você está toda “redonda” rs, então precisa alongar alguma coisa. Um bom jeito de fazer isso é criar linhas verticais com decotes, camisas abertas, colares longos e coisas do tipo. Chamar a atenção para cima ou para baixo também ajuda a desvencilhar toda a “redondeza”da barriga e dos seios.

Elásticos e malhas salvam a vida

Nesse fase de um dia serve no outro não serve mais, peças com elásticos ou de malha ajudam muito a encarar um tempo maior de gravidez com aquela peça, afinal, eles esticam!

Bella Band um caso de amor

Eu já falei dela aqui no primeiro post da série Enquanto Antonio não vem, e é claro que ela está em uso e continua me ajudando muito mesmo com o barrigão maior. No começo achei que ela só me serviria enquanto a barriga ainda não estivesse muito grande, mas ela continua na ativa e posso usar algumas partes de baixo que já tinha antes, uhuu! Olhem só ela na galeria abaixo como funciona que é uma beleza! rs

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Estamos preparando um post bem legal onde convidamos uma consultora de imagem especializada em mães e gestantes para dar algumas dicas mais profissionais e menos pessoais, afinal aqui estou falando de experiências super particulares, mas acho que ajudam um pouco né?

Abaixo, separei imagens com alguns looks que tenho fotografado quando meu humor me permite. Não sou muito de look do dia e nem levo jeito para modela, rs (como essas blogueiras conseguem hein?Afe, rs!), mas acho que vale para ilustrar um pouco de tudo isso que disse!

 

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